Octopus insularis

Octopus  insularis 

  • Nome popular: polvo oceânico
  • Distribuição: Belém a Bahia e ilhas oceânicas do NE brasileiro
  • Holótipo e neótipos: Arquipélagos de Fernando de Noronha e SPSP

Características distintivas principais:

  • Animal de tamanho médio a grande, com comprimento máximo do manto em torno de 120 mm. Braços curtos e grossos em relação ao manto. Cabeça larga. Pele rugosa, com coloração amarronzada a avermelhada (ver tabela 1 e 2)
  • Habitat: Recifes de coral e rochas.

Octopus insularis foi a espécie mais abundante em todas as regiões em que foi encontrada, sendo alvo de pescarias comercial e recreacional. A espécie foi descrita morfologicamente a partir de medidas e índices morfométricos e, geneticamente, pela análise seqüencial da subunidade ribossomal RNA gene da mitocôndria (mt 16S rDNA) (Leite et al, 2008). Foi caracterizada por seus braços relativamente curtos e grossos, sua lígula pequena com um longo calamus, sua pele rugosa marrom avermelhada nos espécimes recentemente preservados e espermatóforos, rádula e bicos característicos. A nova espécie diferenciou-se, tanto ao nível morfológico como ao nível genético, do Octopus vulgaris do Mediterrâneo e Venezuela como do Sul do Brasil.

Os espécimes maduros da nova espécie de polvo possui um comprimento total e comprimento do manto menor (120 mm CM versos 250 mm) em relação ao Octopus vulgaris, menor tamanho relativo dos braços, membrana interbraquial mais profunda (figura 1), maior comprimento do calamus, além de apresentar diferenças na seriação dos dentes da rádula. Esta espécie forma um grupo morfologicamente e geneticamente homogêneo ao largo da costa e das ilhas oceânicas do Nordeste brasileiro (Atol das Rocas, Arquipélago de Fernando de Noronha e Arquipélago de São Pedro e São Paulo), sendo também encontrado recentemente na plataforma continental do Estado de Para e costa da Bahia.

          

        Fig. 1 O. insularis no Arquipélago de Fernando de Noronha

 

Importância Econômica dessa nova espécie

  • Espécie + abundante e + importante comercialmente no NE (Leite et al, 2008 – Revista do Instituto de pesca)
  • Espécie nativa com potencial para aqüicultura – ocorrência em água quente e rasa
  • Crescimento + rápido ? (necessita estudo), larvas pelágicas e provavelmente com desenvolvimento mais rápido ?